O presidente do Botswana anunciou no dia 18 de novembro que o país vai começar a emitir licenças comerciais em dezembro para a caça de elefantes, uma decisão contrária às intenções das organizações não-governamentais (ONG) de defesa da vida selvagem.
“Estamos a preparar o regresso da caça comercial de elefantes e as quotas serão publicadas em dezembro deste ano, de modo a permitir a preparação da época de caça em 2020″, disse o presidente, Mokgweetsi Masisi, num discurso no parlamento.
Em maio deste ano, o chefe de Estado reverteu a decisão tomada pelo seu antecessor, Ian Khama, de proibir a caça de elefantes selvagens.
“Esperamos que o regresso da caça contribua de forma significativa para reduzir os conflitos entre humanos e animais, criando populações viáveis e equilibradas”, acrescentou.
O presidente do Botswana frisa que o desenvolvimento descontrolado das populações de elefantes ameaça os meios de subsistência, incluindo as colheitas das populações locais.
O regresso da caça é contrário às intenções das ONG de defesa da vida selvagem, que obtiveram uma proibição total do comércio de marfim para proteger os elefantes da caça furtiva que os dizima.
Em setembro, os países da África Austral pediram, sem sucesso, o levantamento da proibição da venda de marfim para, segundo eles, financiarem a proteção dos seus elefantes.
Situado entre a Zâmbia e a África do Sul, o Botswana é o lar de cerca de 135.000 elefantes em liberdade, o que significa um terço da sua população africana desta espécie conhecida.
A riqueza de sua vida selvagem tornou o Botswana muito atrativo para os turistas, em especial os que procuram safaris, e o turismo é o segundo setor mais importante da economia do país, depois da mineração de diamantes.
Fonte: LUSA