Caça furtiva arrasa com população de elefantes em Moçambique



O número de elefantes em Moçambique diminuiu para metade em cinco anos, passando de 20 mil para cerca de 10 mil, devido às práticas de caçadores furtivos.

“A contagem final mostra uma diminuição de 48% no número de elefantes nos últimos cinco anos, passando de 20 mil para 10300 elefantes. Este decréscimo dramático fica a dever-se à caça furtiva desenfreada”, indica um comunicado da organização não-governamental norte-americana Wildlife Conservation Society (WCS).

Em todo o continente africano é estimado em 30 mil o número de elefantes abatidos ilegalmente por ano para alimentar o comércio de marfim, principalmente para a China e outros países asiáticos.

Restam, por isso, 470 mil elefantes selvagens em África, de acordo com uma recente contagem efetuada pela organização EWB, que registou 550.000 animais em 2006.

Conduzida pela WCS a pedido do Governo de Maputo, a contagem de elefantes em Moçambique foi realizada por via aérea.

“A maior parte dos elefantes (95%) foram abatidos no norte de Moçambique, onde a população destes animais diminuiu de 15.400 para 6.100″, indica a WCS no mesmo comunicado.

A Reserva do Niassa, na fronteira com a Tanzânia, registava até agora 70% dos elefantes de Moçambique, tendo sido particularmente atingida.

Esta situação pode ser explicada pelo aumento do número de caçadores da Tanzânia, visto que a população de elefantes naquele país foi dizimada a uma “escala industrial”, segundo refere o diretor da WCS em Moçambique, cuja organização administra a Reserva do Niassa.

Sob pressão internacional, o país adotou em junho de 2014 uma nova lei que criminaliza a matança de animais protegidos, entre os quais elefantes.

Em 14 de maio, a polícia de Moçambique realizou a maior apreensão da história do país – quase 1,3 toneladas de marfim e chifre do rinoceronte, que corresponde à morte de mais de 200 animais.

 



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