Entidades do Norte do sector da caça são ouvidas no Parlamento Europeu



A Associação Florestal de Trás-os-Montes (AFTM), o Clube de Monteiros do Norte (CMN), a Associação Portuguesa de Matilhas de Caça Maior (APMCM) e o Clube de Caça e Pesca da Mêda, estiveram representadas na cerimónia comemorativa dos 60 anos da União Europeia em Bruxelas para defender o sector da caça em Portugal.

O presidente da AFTM, António Coelho, em representação das entidades acima referidas, foi ao Parlamento Europeu alertar os representantes europeus para a importância do sector caça em territórios rurais, como é a região Norte de Portugal, para que, entre outras medidas reivindicadas, se impeçam que grupos radicais ambientalistas, e em nome da segurança na prevenção do terrorismo exerçam coacção sobre o sector no uso das armas e caça, pondo assim em causa o necessário desenvolvimento do Interior e das regiões mais desertificadas.

“Hoje em dia somos confrontados com um ataque cerrado às armas e aos caçadores, com um ataque cerrado aqueles, Sra. presidente, que também são pais de família e exercem as mais diversas profissões. Gente decente que é altamente escrutinada em relação àquilo que pratica. A caça no mundo rural é um factor de amortecimento da crise e de alavancagem do mundo rural para o desenvolvimento do Interior do país. A caça é acima de tudo conservação da natureza e tem de ser vista como tal”, disse António Coelho na sua intervenção no plenário, que terminou afirmando que “de cada vez que estamos a promover um ato cinegético estamos a promover uma região, um país e uma cultura” .

Para além da intervenção de António Coelho no hemiciclo, foi entregue na comissão europeia, através do Deputado Europeu, Nuno Melo, e de Karl-Heinz Florenz, presidente da comissão europeia para o dossier da caça, um documento, subscrito pela AFTM, CMN e APMCM, de proposta para a reforma estrutural do sector da caça em Portugal onde constam nove pilares:
1- Avaliar com rigor o potencial contributo da caça para o PIB Nacional – Valor económico da caça em Portugal.
2- O Estado reconhecer a caça como um sector estratégico nacional, autónomo e com significativo potencial exportador e de crescimento interno e externo.
3- Rever o estatuto “Res Nullius” da caça e abranger estruturalmente o proprietário no sector da caça.
4- Criar uma estratégia nacional para o sector da caça e da conservação das espécies cinegéticas, bem como para a dinamização e fomento das actividades de carácter Venatório.
5- Criar um fundo financeiro de fomento e conservação das espécies cinegéticas- apoiar diversos eixos de promoção e dinamização do sector desde a investigação científica às questões da sanidade animal e de saúde pública, passando pela experimentação (de modelos de gestão cinegética e uso do solo) e sensibilização da sociedade em geral para o contributo da caça na conservação da natureza e no desenvolvimento socioeconómico do país.
6- Criar modelos diferenciados de uso do solo que contenham as adequadas práticas específicas de fomento e conservação das espécies cinegéticas.
7- Apoiar financeiramente os proprietários que implementem as boas práticas agro-silvícolas que promovam o fomento e conservação das espécies cinegéticas e da biodiversidade no seu todo.
8- Criação e implementação de um modelo padrão obrigatório de gestão cinegética profissional e certificada.
9 – Implementação de um plano de comunicação do sector da caça com base na sua contribuição social, cultural, económica e ambiental em benefício da sociedade.

Para estas três entidades do sector da caça em Portugal esta reforma é vital para o sucesso do ordenamento e exploração cinegética nacional no sentido de dar resposta à necessidade de uma nova realidade de desenvolvimento rural alinhada com a adequada gestão sustentável dos recursos naturais.

Contaram ainda com o apoio do Clube de Caca e Pesca da Mêda na promoção e organização da viagem a Bruxelas.

Aguardam agora a continuação da discussão interna para que possam ser implementadas as medidas propostas na reforma estrutural da lei da caça em Portugal com a maior brevidade possível.

Contaram ainda com o apoio do Clube de Caca e Pesca da Mêda na promoção e organização da viagem a Bruxelas.

Aguardam agora a continuação da discussão interna para que possam ser implementadas as medidas propostas na reforma estrutural da lei da caça em Portugal com a maior brevidade possível.

Assista AQUI ao video da intervenção do presidente da AFTM, António Coelho no hemiciclo.

Fonte: CMN



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