Moçambique – Anunciadas mais detenções em caso de tráfico de cornos de rinocerontes



A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Maputo anunciou a detenção de mais suspeitos de envolvimento no tráfico de cornos de rinoceronte e de marfim na maior operação relacionada com caça furtiva em Moçambique.

Após um primeiro anúncio da polícia de seis detidos, segundo a Procuradoria- Geral da República da província de Maputo, citada hoje na imprensa moçambicana, o número total de suspeitos presos no âmbito deste caso aumentou para onze.

Uma operação realizada em março por vinte polícias e uma equipa do Ministério da Agricultura num condomínio na Matola, nos arredores da capital, culminou na descoberta de 340 pontas de marfim, num total de 1.160 quilos, e 65 cornos de rinoceronte, correspondentes a 124 quilos.

A 27 de maio, a Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou o desaparecimento de 12 dos 65 cornos de rinoceronte que tinham sido apreendidos na Matola.

“Trata-se de 12 cornos, com o peso de cerca de 50 quilos, que estavam à responsabilidade de três órgãos do Estado. Os cornos já não estavam na posse da polícia, estavam com um dos dois outros órgãos quando desapareceram”, disse Emídio Mabunda, porta-voz da PRM na província de Maputo.

De acordo com o porta-voz, seis pessoas foram detidas, indiciadas de envolvimento no caso, mas os cornos não foram recuperados.

Posteriormente, o porta-voz da PRM ao nível nacional aumentou o número de detidos para sete e implicou quatro agentes policiais no caso.

A PGR não avança com as identidades dos suspeitos, mas indica que os cornos estavam na posse da direção provincial da Polícia de Investigação Criminal quando desapareceram.

Os cornos de rinoceronte, espécie ameaçada de extinção, têm elevada procura na Ásia, sobretudo no Vietname, por se acreditar nas suas propriedades medicinais, nomeadamente contra o cancro.

Mais de 70% da população de rinoceronte está concentrada na África do Sul e centenas de animais desta espécie são abatidos todos os anos por caçadores furtivos, que atuam no Parque Kruger, junto da fronteira com Moçambique, cujas autoridades têm sido incapazes de conter esta atividade ilegal.



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