Mais de 300 pessoas detidas em Moçambique por caça furtiva em 2015



Mais de 300 pessoas foram presas por caça furtiva no ano passado em Moçambique, informou hoje o Governo, dando conta de o país perdeu 50% da sua população de elefantes nas últimas duas décadas.

Falando por ocasião do Dia Internacional da Fauna Bravia, que hoje se assinala, o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, disse que o Governo tem envidado esforços para combater a caça furtiva e estão em curso ações para agravar as penas de pessoas ligadas a este crime.

“Os esforços para reverter o cenário da caça furtiva têm sido assinaláveis”, disse Celso Correia.

Classificando as pessoas envolvidas neste tipo de crimes como “agressores ambientais”, Celso Correia disse que o país perdeu 380 elefantes no ano passado e apenas 300 nasceram, um dado que revela a gravidade do problema.

“O nosso objetivo é continuar a proteger estes animais, como forma de ajudar na sua multiplicação”, declarou Celso Correia, referindo ainda que, só em 2015, foram detidos 20 traficantes de chifres e pontas de elefantes no país.

O governante apontou as reservas em Tete, no centro de Moçambique, e Niassa, no norte do país, como as mais vulneráveis às ações de caçadores furtivos, devido à inexistência de um sistema de fiscalização mais eficiente.

O rinoceronte é outro animal que sofre com ação dos caçadores ilegais em Moçambique e, segundo Celso Correia, esta espécie está “praticamente extinta do país, embora haja ações para recuperá-la”.

Segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), entre 2006 e 2012, cerca de 4.000 rinocerontes foram caçados ilegalmente em 11 países africanos.

Cerca de 95% destes casos, informa o relatório, tiveram lugar na África do Sul e no Zimbabué, países que fazem fronteira com Moçambique e são considerados como centro da caça furtiva na África Austral.

Durante os últimos oito anos, o número de rinocerontes mortos por caçadores tem vindo a aumentar de forma significativa. Em 2014, os caçadores furtivos mataram 1.215 animais, enquanto em 2007 foram registados apenas 13 casos.

O aumento é explicado pela crescente procura dos chifres de rinoceronte no mercado asiático, por causa das suas alegadas propriedades medicinais.

Existem cerca de 20 mil rinocerontes na África do Sul, que representam 80% da população mundial desta espécie.

Fonte: Lusa/Fim



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